terça-feira, 25 de setembro de 2007

DENÚNCIA

À
Secretaria de educação
Prefeitura de Sapucaí Mirim-MG
A/C Professora Maria de Fátima

No dia 28 de maio de 2007, conversei com o prefeito Reginaldo, oferecendo-lhe colaboração para conseguir melhor rendimento e qualidade por parte dos servidores públicos.
Esse trabalho se basearia em um projeto, produto de: pesquisa, reflexões e análises que venho desenvolvendo há vários anos.
O trabalho seria realizado por mim, proferindo palestras e orientando dirigentes e funcionários, como colaboração ao município, sem custos financeiros.
O prefeito considerou a idéia viável e encarregou o vereador Rogério de me colocar em contato com a secretária de educação, por onde ele preferia começar o trabalho, como experiência.
No dia 12/06/07, fui até o paço municipal onde encontrei o vereador Rogério, que ainda não havia conversado com a secretária de educação. Ele me levou até a sala da secretaria e me apresentou a ela, comunicando que o prefeito pedira que ela me atendesse.
Como ela estivesse de saída para uma reunião em outra cidade, conversamos por vinte minutos, mais ou menos, quando lhe coloquei, em linhas gerais, qual o objetivo do projeto. Ela se mostrou interessada e, até, entusiasmada, dizendo que, dois dias depois, haveria uma reunião de diretoras das escolas, para que elas participassem de um curso. Que eu poderia aproveitar a ocasião para expor o projeto. Ela disse que não estaria, pois participaria de uma reunião em Caxambu.
No dia 14/06/07, na parte da manhã, fui até o paço municipal para saber se a reunião estava confirmada, a que horas seria e onde se realizaria. O pessoal da secretaria não soube informar e me pediram para ir até a creche, conversar com a diretora de lá, que substitui a secretária na sua ausência.
Fui até lá e conversei com a professora Marta e outra senhora que se encontrava lá. A pedido delas, expus o mesmo que já havia exposto à secretária. Elas ficaram de conversar com a secretária, que me contataria.
No dia 15/06/07, telefonei para a secretária de educação, que me disse que havia deixado um bilhete para que me contatassem, mas que o vento o derrubara da mesa e, por isso, não me haviam avisado que a reunião fora transferida. Me pediu os telefones, pois eu estava em São Paulo, para que me ligassem, ainda naquele dia, para marcar uma reunião para o início da próxima semana. Forneci os números de telefone fixo e celular, mas não me contataram.
No dia 26/06/07, voltei ao paço municipal para devolver a encadernação do projeto político pedagógico que a secretária havia me emprestado para ler. Ela disse que estavam muito atarefadas e que me chamariam no mês de agosto para programarmos alguma coisa.
No dia 06/08/07, procurei a secretária de educação para saber em que pé estava o agendamento da exposição do meu projeto. Ela me disse estar muito ocupada naquela semana e marcou o dia 13/08/07, as duas horas da tarde, para conversarmos.
No dia 13, fui até a secretaria, no horário combinado, mas a secretária não estava e me informaram que a mesma participava de uma reunião na creche. A funcionária que me atendeu alegou não Ter conhecimento da reunião que a secretária marcara comigo. Telefonou para a creche, informando que eu estava lá, pedindo que perguntassem à secretária o que deveria ser feito.
Orientaram-na para me encaminhar até a creche.
A secretária me atendeu, perguntando sobre o motivo que me levava a querer conversar com ela.
Disse-lhe que, como ela havia me dito que a apresentação do meu projeto aconteceria em agosto, eu queria saber se haviam agendado a data para isso.
Ela alegou que tinham dificuldade de datas disponíveis, que a programação da secretaria é feita em fevereiro e que eles procuram ser rígidos com essa programação, o que dificulta inserir eventos não programáveis.
Lembrei-a que eu, desde a primeira vez, me propusera a apresentar o projeto em qualquer dia e horário, mesmo à noite ou madrugada. Acusei minha frustração em perceber que um projeto que me custou tanto tempo de reflexões, análises e pesquisas; que eu oferecia gratuitamente como colaboração ao município, não merecesse atenção. Que ele estava sendo negligenciado antes mesmo de ser conhecido e debatida sua validade ou não.
Ela alegou que precisaria Ter algum material para apresentar aos diretores. Repeti-lhe que eu estava disposto a fazer a apresentação em qualquer dia e horário, que bastava que se dispusessem a me ouvir, para que se inteirassem do projeto e pudessem questioná-lo. No entanto, ofereci-lhe um esboço que levara comigo, para que o copiasse e distribuísse entre os diretores e a quem mais interessasse.
Ela disse que teria uma reunião com eles, naquela mesma tarde, naquele mesmo local; que conversaria com eles a respeito e que telefonaria, ainda naquela tarde, para agendar a apresentação, que poderia acontecer na próxima semana.
Deixei o esboço impresso que levara comigo e esperei o prometido telefonema, que não aconteceu.
Estou mandando este e-mail como reafirmação de minha proposta de colaboração ao município, juntando, em anexos, o esboço que deixei com a secretária e outro que amplia um pouco mais os objetivos e argumentos desse projeto.

04/09/07
Fui na prefeitura por volta das nove horas. O prefeito, Reginaldo, me recebeu, disse-lhe que continuo acreditando que ele é um homem bem intencionado e, por isso, estava ali para relatar-lhe o que vinha acontecendo quanto a minha oferta de colaborar com a prefeitura no sentido de melhorar os serviços que ela presta.
Disse que as evidências mostram que há algo errado na secretaria de educação, fruto de má fé o incompetência. O Rogério, que estava ao lado, retorquiu alegando que o problema era o excesso de trabalho na secretaria, o que impedia a aceitação do meu projeto, por pura falta de tempo. Que a secretaria tinha vários projetos para examinar e que não o fazia por absoluta falta de tempo.
Argumentei que essa alegação era descabida, uma vez que, algum desses projetos, poderiam oferecer soluções para o desafogamento da secretaria, contribuindo para a fluidez dos trabalhos. Ele se mostrava revoltado e alegou que eu mandara um e-mail para o prefeito e para a secretaria, que julgava ofensivo. Argumentei que era um simples relato do que vinha acontecendo e que, se quisessem contestar o que eu havia escrito, estava a disposição para discutir.
O Reginaldo mandou chamar a dona Maria de Fátima, alegando que ela era a responsável pela secretaria e que ele não poderia se manifestar a respeito por desconhecer as dificuldades que impediriam a secretaria de analisar meu projeto.
Ela alegou que o problema era a falta de tempo, que todas as atividades da secretaria estavam programadas e que não havia folga para a introdução de novos projetos. Que meu projeto era bom, mas que só poderia ser implantado no ano que vem.
Argumentei que, na última vez que conversara com ela, concordamos que o projeto deveria ser apresentado aos diretores para discussão, verificando a validade ou não do proposto. Ela aceitara isso como o melhor a fazer. Entreguei-lhe nove folhas impressas com um pequeno resumo dos pontos abordados pelo projeto. Ela ficara de conversar com os diretores, com quem se reuniria naquela mesma tarde, agendaria uma reunião para que eu fizesse a exposição e fosse questionado por eles. Ficou de me ligar naquela mesma tarde para confirmar data e horário dessa reunião.
Como já havia feito de outras vezes, não me ligou nem deu qualquer satisfação.
No dia quatorze de agosto, mandei e-mails para a secretaria de educação e para o gabinete do prefeito, para endereços que me forneceram por telefone. Esses e-mails relatavam o que vinha acontecendo em todos os contatos que fizera para tentar viabilizar a oferta que eu fizera, além de, em anexos, encaminhar o texto que entregara à secretária e outro resumo a respeito do mesmo assunto, complementando o primeiro.
Procurei o prefeito no dia dezesseis de agosto relatando-lhe o que vinha acontecendo. Ele não havia recebido o e-mail porque o endereço que me haviam dado estava errado. De lá mesmo reencaminhei o e-mail, que chegou a suas mãos.
Relatei-lhe o que vinha acontecendo e ele incumbiu o Rogério a convocar a secretária para que pudessem esclarecer o que estava acontecendo. Isso não poderia ser feito naquele dia porque ela não se encontrava na prefeitura. Ficaram de me contatar para informar o resultado.
Na Segunda-feira, dia vinte de agosto, a secretária me ligou convocando para que eu fizesse uma palestra a professoras que participariam de uma reunião no prédio da creche, as dezoito horas.
Na creche, a coordenadora da reunião, me comunicou que eu teria trinta minutos para apresentar o projeto às professoras. A coordenadora permaneceu a um canto da sala, verificando papéis, sem dar maior atenção ao que eu dizia. No final, a diretora da creche, que chegara mais tarde e se sentara junto à coordenadora, mas prestando atenção à palestra, me informou que haveria outra reunião no dia seguinte e que eu poderia falar a outro grupo de professoras. Compareci no dia seguinte e falei ao novo grupo de professoras. Nessa reunião não fui pressionado por tempo e falei o que me pareceu necessário, cuidando para não extrapolar e prejudicar o tempo necessário para que a reunião continuasse e fossem tratados os assuntos que a provocaram.
Ao que tudo indica, a secretária me convocou para essas duas palestras para dar a impressão de que dava encaminhamento à minha proposta. Ela sabia que a exposição do projeto deveria ser para os diretores, que deveriam avaliá-lo e, se fosse aprovado, programar o que poderia ser feito, quando, onde e como. As professoras não têm autonomia para aceitar ou não qualquer projeto, dependendo da secretaria ou da direção para aceitarem ou não o que podem ou não fazer. Fez isso para se livrar do que considerou pressão que eu fazia contra sua impassividade.
Ela não teve argumentos para contradizer os fatos que eu expunha e continuava a alegar falta de tempo. Eu rebatia dizendo que: sem conhecer o projeto, ela não poderia saber se ele não poderia resolver o problema da falta de tempo que ela tanto alegava.
Um tal de Peninha, ou coisa parecida, que sempre está na sala do prefeito e que não sei que função exerce; se intrometeu na conversa defendendo a secretária, corroborando o argumento da falta de tempo e impossibilidade de alterar a programação. Se mostrava revoltado, como o Rogério.
Disse-lhe que se ele queria participar da conversa, que deveria inteirar-se dos fatos, antes de opinar sobre o que desconhecia. Disse-lhe que meu projeto não requeria mudanças de planejamento ou cronogramas. Que eu estava oferecendo ajuda, disposição para trabalhar no que se fizesse necessário e tentar conseguir ajuda de outras pessoas. Portanto, a única exigência, é que a secretaria se dispusesse a ouvir, questionar e, se fosse o caso, aproveitar da melhor maneira a ajuda oferecida. Ele insistiu que não havia tempo para essa análise. Ele alegou que eu estaria tentando impor mudanças e que a secretaria não poderia se submeter a isso. Reiterei que isso era mentira, que estava me dispondo a trabalhar, a ajudar, sem qualquer exigência de mudanças que pudessem causar problemas. Ele se mostrou ofendido porque eu me levantara da cadeira e me dirigira a ele. Reclamou que eu lhe apontara o dedo e disse que su poderia divulgar as acusações que quisesse, demonstrando que não teme que essas acusações pudessem denegrir o trabalho da prefeitura. Demonstrou ser o tipo de pessoa que apela, acusando para se defender do que não tem argumentos para faze-lo.
Lí o texto que preparara para pedir ajuda a empresas e cidadãos disponíveis a ajudar. Tive a impressão de que ninguém deu muita atenção a ele.
A secretária voltou a dizer que gostara do projeto (que ela não conhece, a não ser um pequeno resumo), mas que só seria possível implementá-lo no próximo ano. Alegando compromissos, retirou-se.
O prefeito me disse que o projeto poderia ser aproveitado no ano seguinte. Disse-lhe que o que ele ouvira ali era suficiente para mostrar o que vinha acontecendo e que seus auxiliares estavam prejudicando o seu governo. Que eu me sentia no dever de denunciar o acontecido e o que pudesse apurar. Que nunca tive qualquer interesse político e que minha intenção era a de ajudar, colaborando com o resultado de muita reflexão, análises e conclusões, ao que se soma minha disposição de trabalhar para que isso seja aproveitado. Que pretendia que Sapucai Mirim pudesse ser vista como a primeira cidade a se dispor à mudanças, abraçando o projeto, permitindo que se tornasse realidade. Que, agora, ela seria mostrada como o, poder público, além de usar mal seus recursos, desperdiça as oportunidades que tem de melhorar a qualidade de vida dos munícipes. Desperdiça recursos pagando salários de administradores e funcionários que não se atrevem a ser mais que burocratas, sem comprometimento com os resultados práticos que seu trabalho deveria propiciar, mais interessados em si próprios do que na sociedade a que deveriam servir. Desprezando ajuda que poderia melhorar a situação do povo, aumentam o prejuízo que lhe causam e demonstram o desprezo que lhe têm.


e-mail pepe.granja@hotmail.com

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