quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Comunicação é fundamental

COMUNICAÇÃO É FUNDAMENTAL

Com dificuldades na comunicação é muito difícil assimilar conhecimento e transmitir o que se pretenda.
Comunicação exige interpretação do que se recebe e clareza no que se expõe.
Ouvir, ler, ver, sentir são meios de adquirir conhecimento.
Falar, escrever, mostrar, são meios de expressão, de comunicar idéias e conhecimentos.
Conhecer-se e interpretar o que se passa dentro de nós é muito importante para administrarmos as dificuldades que são causadas internamente.
A dificuldade de concentração é causa de grandes problemas, principalmente na recepção de conhecimento, idéias, artes, etc. É comum que, enquanto estamos recebendo informações, nossa mente seja ocupada por pensamentos sem relação com o que estamos empenhados naquele momento. Ao ler, por exemplo, a vista percorre o texto, mas a leitura não é registrada, obrigando-nos a reler para assimilar o conteúdo. O mesmo costuma acontecer quando ouvimos. O transmissor fala, nós ouvimos, mas não assimilamos o que ele diz, porque o pensamento está ocupado em outra coisa.
Outro fator que costuma dificultar a assimilação é a ansiedade. Ela pretende que a assimilação se dê mais rápido do que o tempo necessário para que isso ocorra. O resultado é oposto ao pretendido: perde-se tempo tendo que retomar desde o início. Não é raro que isso ocorra N vezes em uma situação. O aprendizado de matemática é um bom exemplo dessa ocorrência, acreditá-se que já se aprendeu algo e, ao tentar resolver um exercício, verifica-se que não se consegue.
A vontade e, conseqüentemente a emoção, influenciam a assimilação, a interpretação e, principalmente, a racionalidade.
A dificuldade de concentração dificulta muito a assimilação, interpretação e compreensão. Sem concentração é perda de tempo tentar assimilar algo.
Problemas não resolvidos costumam ocupar nossa mente, dificultando que nos concentremos em outra coisa. Se uma criança está preocupada com que descubram alguma travessura que fez e as conseqüências que pode sofrer, isso ocupará seu pensamento, dificultando que use a mente para outra coisa. A expectativa por algo que gostaria conseguir provoca a mesma coisa. Portanto, uma boa maneira de conseguir concentração é eliminar problemas que possam dificultá-la.
Disciplina significa fazer o que deve ser feito e evitar o que não deve. Controlar-nos é praticar disciplina.
Disciplina é respeito a direitos e deveres. É difícil manter a disciplina quando isso implica em contrariar satisfações que desejamos.
Disciplina e organização facilitam a solução de problemas e evitam que percamos o que desenvolvemos bem, até que perdemos a concentração. Por exemplo: ir escrevendo o desenvolvimento, passo a passo, de uma expressão matemática, ajuda a encontrar eventuais erros causados por desconcentração momentânea ou outro problema que tenha provocado o erro.

TURBINANDO O PROFESSOR
O professor é fundamental para a educação. Educação é o objetivo dessa profissão. É ele que tem que ter o mínimo de preparo para identificar as dificuldades de seus alunos e buscar soluções, acionando o que for necessário para isso.
Para que o professor possa desempenhar seu papel, ele precisa de empenho, motivação, incentivo e apoio.
É comum que o professor nunca tenha considerado o quanto a vontade e a emoção influenciam a vida e as atividades cotidianas. Não tiveram a atenção chamada para isso. Como todos, foram ensinados de que temos plena capacidade para dirigir nossa vida e determinar nosso futuro. Não nos alertaram contra as forças que nos afetam, provocando-nos, impulsionando-nos, impedindo-nos.
Não nos alertaram contra os perigos da ansiedade, a importância da motivação e como influenciá-las. Não fomos preparados para enfrentar nossas limitações.
O professor precisa compreender isso para propiciar a seus alunos o conhecimento que não recebeu, as defesas que não pode preparar.
O professor precisa receber informações sobre como analisar o comportamento dos alunos, identificar eventuais causas, buscar orientação, discutir casos particulares com colegas, pais e com quem possa contribuir na busca de soluções. A troca de experiências é importante para propiciar soluções, para motivar análises e incentivar quem se proponha a contribuir para melhoras.
O professor precisa de reuniões que funcionem como terapia de grupo, onde ele possa descarregar suas angústias e “recarregar as baterias”. A troca de experiências pode ser de grande ajuda, tanto na solução de problemas, quanto no consolo para o que ainda não puder ser resolvido.
O professor precisa participar das diretrizes com que deverá trabalhar e, não, simplesmente obedecê-las. Se isso não for possível, dificilmente ele poderá cumprir seu papel a contento.

INFLUÊNCIAS DO MEIO SOCIAL
Não bastassem as forças internas ao indivíduo causadoras de problemas, ele ainda está sujeito a influências do meio social que as agravam ou geram deformações que não lhe são inatas.
A super-proteção dificulta que a criança perceba riscos potenciais, aprenda a se defender e evitá-los.
Satisfazer vontades da criança sem considerar o custo/benefício, pode causar que ela acredite que tem direito a que todas suas vontades sejam satisfeitas, independente de dificuldades ou atropelamento a direitos alheios. Isso dificulta que o indivíduo perceba que a satisfação de muitas vontades é difícil e, até, impossível. Que muitas satisfações causam sofrimento e prejuízos ao invés do prazer e felicidade imaginada. Essa deformação causa que o indivíduo acredite que seu querer tem supremacia sobre qualquer outra coisa ou valor, provocando-o a exigir satisfação, egoisticamente.
A falta de disciplina provoca que o indivíduo desconsidere a importância de direitos e deveres, provocando a crença de que tem todos os direitos e nenhum dever. A vida familiar é responsável por muitos desses casos. Crianças que não tem qualquer cuidado com roupas e sapatos; que querem tudo na mão e que acham isso natural. Ao parar de brincar, deixam tudo onde está, querem ser servidos nas refeições, quando não exigem o alimento na boca; esperam que alguém lhes dê banho; Não fazem deveres escolares sem ajuda. Guardar alguma coisa ou cuidar delas? Nem pensar. Não vacilam um segundo em acusar qualquer um pelo que venham a sofrer, o primeiro que lhes ocorrer ou que esteja mais perto.

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